Aflex Portugal (re)contratou oito trabalhadores que tinha despedido e inicia obras de ampliação

O surto pandémico do coronavírus SARS-CoV-2 obrigou a unidade de Melgaço da Aflex Portugal a suspender a actividade durante duas semanas, com início a 20 de Março, mas a necessidade do mercado pressionou para um regresso à produção, apesar das limitações.

A empresa portuguesa de capital francês, a laborar na Zona Industrial de Penso está em expansão e tem já em curso as obras de alargamento do seu espaço de produção de tubos de borracha para os mais diversos fins, desde tractores e outras máquinas agrícolas, camas de hospitais, ou mesmo para baterias de aviões ou barcos.

Em 2003, começou com apenas um pavilhão – que é ainda hoje o “coração” da empresa – e apenas 11 colaboradores. Há quatro anos adquiriram um pavilhão e mais recentemente, em Novembro de 2019, formalizou a compra de um terceiro, também em espaço adjacente – o lote da antiga ‘fábrica do peixe’ – para albergar um laboratório técnico que cumpra as novas exigências dos clientes.

Em Fevereiro do corrente ano, em entrevista a este jornal (publicada na edição de 1 de Março) Fernanda Carvalho, Directora-Geral da Aflex Portugal não contava com o atropelo da pandemia na actividade crescente da empresa e previa o fortalecimento do mercado estrangeiro.

Segundo a directora, a Covid-19 obrigou a um reajuste de recursos e regresso à actividade “com apenas quinze pessoas durante um mês”, com a estruturação dos recursos por turnos “até meados de Junho”, mas a retoma já está a acontecer.

Em finais do passado mês de Junho, a empresa já tinha chamado de volta ao trabalho oito ex-trabalhadores com quem não tinha renovado contrato por altura do Estado de Emergência que obrigou ao encerramento. Com as novas (re)contratações, a Aflex contava assim (números da última semana de Junho) com 86 trabalhadores.

Apesar da queda da indústria automóvel, que já não era o principal mercado cliente desta fábrica de componentes de borracha, a unidade de Melgaço mantém a sua agenda de especialização.

O lote adquirido em Novembro de 2019 para um laboratório técnico com lavagem a alta pressão e análise meticulosa aos tubos, destinados a máquinas de alta precisão, está já em adaptação e com previsão de entrada em funcionamento “em Setembro deste ano”, assegura a Directora 

 

A trabalhar exclusivamente para o mercado estrangeiro, a Aflex Portugal tem França enquanto um dos principais destinos da produção a nível europeu, mas exporta ainda para os Estados Unidos a América, México, Índia e China.