Intervenções arqueológicas em Castro Laboreiro: Equipa liderada por João Fonte voltará ao planalto em 2021
João Martinho
Depois das escavações realizadas no Verão de 2020, a equipa que acompanhou o arqueólogo João Fonte, investigador Pós-Doc na Universidade de Exeter (Reino Unido) e elemento do colectivo Romanarmy.eu, poderá voltar ao planalto castrejo para dar continuidade aos trabalhos. A questão essencial desta descoberta ainda não foi respondida: Terá o amuralhado de 25 hectares, existente na Lomba do Mouro, sido acampamento temporário para os soldados de Décimo Júnio Bruto, no século I antes de Cristo?
À altura das primeiras escavações, o investigador perspectivava ter para o início deste ano dados mais concretos, após análise por radiocarbono e luminiscência às amostras recolhidas junto às pedras das muralhas, pelo que serão de esperar novos dados ao longo do mês de Janeiro.
O orçamento municipal para 2021 atribuiu 15 mil euros para as intervenções arqueológicas a realizar em Castro Laboreiro, no entanto, a confirmar-se a datação avançada por João Fonte, é provável que nova intervenção no terreno seja apoiada por outras entidades de conservação da natureza e património de âmbito governamental.
Manoel Batista assume perspectiva de continuidade das escavações em consonância com os vizinhos galegos, já que ali perto, em Lobeira, existirá outro acampamento “quase da mesma dimensão”. O edil de Melgaço quer criar bases para um “entendimento com a Junta da Galiza para que o estudo seja feito” e futuramente possa ser implementada uma rota de turismo cultural entre os acampamentos de transição agora em estudo, acabando no acampamento romano fixo de Bande, denominado Aquis Querquennis, situado na paróquia de Os Baños (Ourense).