Em Castro Laboreiro há um toque do tropicalismo da Madeira que está a ganhar forma na gastronomia local

“A Serra” é a nova casa de Armandino e Tatiana Rodrigues. Quase nem é um jogo com o sentido das palavras porque o casal – ele natural de Castro Laboreiro, ela da ilha da Madeira  – mudou-se há cerca de um ano e meio para a sua terra natal e trouxe consigo Tatiana, a mulher que conhecera em Porto Santo, aquando de um estágio.

Há cerca de dois anos, a pandemia obrigou Armandino a repensar o seu trabalho e o futuro e o acaso empurrava-o de volta às raízes. A oportunidade era “A Serra”, um dos restaurantes localizados na vila de Castro Laboreiro, a precisar de renovar-se. E nem foi preciso convencer a companheira.

“Acho que quem quis mais vir para cá fui eu. Gosto muito da minha ilha, mas queria mudar um bocadinho. E questionei-o: Porque não para a tua terra?”, conta-nos Tatiana Rodrigues, que não estranha do Alto Minho o acidentado do terreno.

“Não é assim tão diferente da ilha. Também tem espaços montanhosos, espaços verdes… Faz-me lembrar um bocadinho a ilha, só falta o mar, mas gosto bastante disto”, esclarece a madeirense.

Trabalhou em hotelaria e restauração em Inglaterra, onde ganhou ‘calo’ para o trabalho que agora faz com apoio de Armandino. A vontade de ambos é “mudar um bocadinho a forma de fazer as coisas”.

Num contexto onde as ofertas de cabrito ou o bacalhau com broa estão consolidadas, Armandino e Tatiana querem trazer um bocadinho do exotismo da ilha para a mesa local. “Tinha de trazer coisas típicas da Madeira. Lá também se come bem. A Espetada Madeirense, o Bolo do Caco, a Poncha… Trouxemos um pouco da gastronomia de lá”, diz Tatiana.

E se o resto assenta no saber-fazer e em um ou outro ingrediente secreto, já a aguardente de cana, que tem mesmo de vir da Madeira, é um capricho mais oneroso.

Leia o texto completo na edição impressa de 01 de Março do jornal “A Voz de Melgaço”

O incontornável Bolo do Caco

 

a Espetada Madeirense